sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

EPULON (181 -177 a.C.)

Epulon (também conhecido como Epulo, Epulone, Aepulo, governou em c. de 181-177 a.C.) foi um rei ilírio da Hístria, no norte da Ilíria (atual península de Ístria na Croácia). Tito Lívio, que descreveu as guerras romanas contra os histros chama-o de rei. No entanto, Epulon não era verdadeiramente um rei no sentido de que Tito Lívio pensa, mas o líder da tribo dos histros, escolhido pelo conselho tribal. Epulon guerreou contra uma série de comandantes enviados pela República Romana, durante um período de expansionismo romano na primeira metade do século II a.C. até sua morte em 177 a.C. Epulon também é conhecido como Epulo, Epulone ou Aepulo.
Ficheiro:Istria.png
Ístria na atual Croácia era a terra de Epulon

Península de Ístria
Os histros (do latim histri sendo também conhecida a forma istri pelo grego grego Ιστρών έθνος, istrón étnos, ‘povo istro’) eram uma antiga tribo, que o geógrafo Estrabão se refere como vivendo na Ístria, a qual deram o nome. Os histros são classificados em algumas fontes como uma tribo ilíria “venética", com certas diferenças linguísticas dos outros ilírios. Os romanos descreveram os histros como uma feroz tribo de piratas, protegidos pela difícil navegação de suas costas rochosas. Houveram duas campanhas militares para os romanos, finalmente, subjugá-los em 177 a.C. A região era então chamado, juntamente com a parte venética (“veneziana”) de Venetia et Histria, uma definição antiga da fronteira nordeste da Itália. Conflito entre os histros e os romanos era inevitável, uma vez que os romanos conquistaram vários povos do norte da Itália e da porção veneziana do Mar Adriático. Portanto, ao mesmo tempo em que os romanos estavam em guerra com o reino dos ardieus, tribo ilíria ao sul, as guerras começaram também contra os ilírios do norte do Adriático e Alpes orientais. A primeira guerra entre os histros e Roma começou em 221 a.C. A colônia de Aquileia foi fundada para impor um limite de defesa entre os ilírios, mas os histros viram isso como um perigo para a sua independência.

Vaso hístrio
Em 181 a.C. os histros tentaram impedir a construção da cidade, mas o general romano, Buteoni ganhou outra batalha contra eles e estabeleceu a paz. Mais tarde, naquele ano, Epulon tornou-se rei dos histros. Epulon era um guerreiro e líder inflexível. Assim que assumiu a liderança de seu povo, ele se preparou para batalhar contra os romanos. Esses não se permitiriam ser tomados de surpresa e em 178 a.C. eles mandaram um exército sob o comando de A. Mânlio para Aquileia. O desfecho da guerra oscilava em ambas as direções. Diante disso Roma enviou forças ainda maiores em 177 a.C. Os histros fizeram um ataque bem sucedido em um acampamento romano e expulsaram as legiões, que em pânico, rapidamente fugiram. Os homens de Epulon tomaram um grande espólio de objetos de valor, equipamentos, comida e vinho. Após sucessos iniciais para derrotar os seus inimigos em Aquileia, Epulon foi derrotado no norte da Ístria e forçado a retirar suas forças para Nesactium, a capital dos histros.
Vista aérea do sítio arqueológico de Nesactium em Nezakcij na Croácia
Antes de atacar Nesactium os romanos capturaram outros sítios importantes dos histros na Ístria. Diz-se que os romanos foram primeiramente incapazes de tomar Nesactium e não tiveram qualquer sucesso em seu longo cerco da cidade. Sob o comando de Caio Cláudio Pulcro, que havia trazido duas novas legiões, os romanos em poucos dias, desviaram o curso de um rio que protegia Nesactium e fornecia-lhes água. Os histros escolheram lutar ao invés de se render e entregar a cidade. E o fizeram de forma terrível. Os histros mataram suas mulheres e filhos e os jogaram dos muros da cidade ao mesmo tempo lutavam contra os romanos. Quando Epulon percebeu que os romanos tinham vencido, ele cometeu suicídio penetrando-se com uma espada para evitar que os romanos o fizessem prisioneiro. Os sobreviventes foram mortos ou feitos prisioneiros. Após a queda de Nesactium, outros cidades não partilharam o ardor contra o invasor. Em breve todas a Ístria foi conquistada, bem como a independência do histros. De acordo com Tito Lívio, os histros foram vendidos como escravos.
Ruínas de Nesactium

FONTE:
http://en.wikipedia.org/wiki/Epulon
http://istrianet.org/istria/index.html

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