CLEITO (335 – 295 a.C.)

Cleito (Κλεῖτος em grego antigo; governou em c. 335-295 a.C.) foi um rei ilírio do Estado Dardânio atestado em 335 a.C. Cleito era o filho do rei Bardilis I, grande rei dardânio que enfrentara os macedônios, e pai de Bardilis II. Cleito foi um dos três reis Ilírios que tentou ganhar o território perdido para a Macedônia e frustrar seu poder em uma grande revolta. Durante as campanhas do rei macedônio Alexandre, o Grande, nos Balcãs chegaram-lhe relatórios alarmantes de que os ilírios haviam se revoltado e estavam prontos para invadir a Macedônia. A revolta dos ilírios tinha um elemento pessoal para ele. Alexandre, o Grande, viu-se jogado de cabeça em uma das mais duras campanhas de toda a sua carreira.

O lago Gazivoda em Kosovo fazia parte das terras da Dardânia

Cleito, cujo pai Bardilis foi terrivelmente derrotado na Lincéstide por Filipe II (pai de Alexandre) em 358 a.C., estava em pé de guerra. Cleito era um rei formidável e estava por trás da revolta. A expedição de Alexandre à região do rio Danúbio tinha dado a Cleito a chance que estava esperando. Ele fortaleceu o seu poder, fazendo uma aliança com Glaucias, rei do Estado Taulâncio, e convenceu Pleurias, rei do Estado dos autariatas para atacarem Alexandre em sua marcha quando fosse encontrá-lo. Entrementes o exército de Glaucias iria marchar para juntar-se ao de Cleito; então os macedônios teriam que enfrentar uma grande combinação de forças inimigas. A realeza de Alexandre muito dependia da derrota dos ilírios pelo que ele encarou o desafio.

Objetos ilírios

Alexandre foi auxiliado por Langaro, chefe da tribo trácia dos agriânios, que lutou contra os autariatas do rei Pleurias e os derrotou. Alexandre tinha conseguido, assim, frustrar o plano de Cleito de bloquear o exército macedônio. Glaucias e seu exército ainda não tinham chegado e Alexandre marchou o mais rápido que pode para chegar a Pelion, uma cidade fortificada que Cleito ocupara perto da fronteira ocidental com a Macedônia. Com um terrível esforço Alexandre e seus homens chegaram à localidade antes de Glaucias. O antigo historiador romano Arriano (86-160 d.C.) afirma que Cleito havia sacrificado três meninos, três meninas e três carneiros negros em um altar pouco antes da Batalha de Pelion travada com Alexandre. Depois de algumas breves escaramuças, um destacamento ilírio recuou dentro dos muros da cidade-fortaleza. Os macedônios decidiram bloquear Pelion, trazendo seus equipamentos de cerco. Porém, Glaucias estava a caminho para ajudar Cleito e os macedônios estavam com suas atividades interrompidas e com falta de suprimentos. Entretanto, Alexandre usou de manobras estratégicas, dentre elas um desfile de suas falanges com as famosas sarissas (lanças longas), o que muito impressionou e intimidou os reis ilírios.

A temível falange macedônica

Aproveitando o estado psicológico abalado dos ilírios, os macedônios iniciaram o ataque. As forças de Glaucias, que estavam nos montes ao redor, fugiram em confusão selvagem das alturas para a segurança de sua cidade, onde Cleito estava. Não tomando as providências de defesa necessárias, os ilírios ficaram vulneráveis e começaram a cair sob o ataque de Alexandre. Cleito, em desespero, incendiou Pelion para que não caísse nas mãos da Macedônia. Não houve tempo para capturar Cleito ou negociar um tratado com os ilírios uma vez que a importante cidade grega de Tebas repentinamente se revoltara contra o domínio macedônico. Cleito fugiu com Glaucias para as terras dos taulâncios onde lhe foi oferecido abrigo. Cleito bem como Glaucias continuaram a governar, provavelmente como reis vassalos da Macedônia. Cleito não reagrupou suas forças e por isso a Ilíria permaneceu em termos amistosos com a Macedônia para o resto do reinado de Alexandre. Eles chegaram a enviar um contingente de tropas para a invasão da Ásia. As táticas militares superiores de Alexandre foram suficientes para garantir que os Estados Ilírios permanecessem passivos. O ano da morte de Cleito não é conhecido, mas ele foi sucedido no trono do Estado Dardânio por seu filho, Bardilis II por volta de 300 - 295 a.C.

FONTE:

http://en.wikipedia.org/wiki/Cleitus_the_Illyrian